A prisão mental

(Reprodução)

É preciso que resguardemos nossa mente das idéias fixas, opressivas, aviltantes; o máximo de cuidado se nos impõe contra elas; constituem verdadeiros cárceres mentais e conquanto o indivíduo tenha seu corpo físico em liberdade, seu espírito jaz prisioneiro dessas idéias.
Levadas ao extremo, transformam-se em pensamentos desvairados e torturados que desequilibram a mente, produzindo, por vezes, a loucura.
Idéias fixas formam-se de um amontoado de pensamentos inferiores e desordenados, tendentes a um único fim.
Tudo quanto o indivíduo faz, pensa, ouve ou vê outros fazerem, encaminha para a ideia fixa que o obsessiona.
Das idéias fixas originam-se os crimes e as desmedidas ambições que, frequentemente, levam a pessoa à ruína.
Idéias opressivas são constituídas por pensamentos pessimistas, angustiosos, de desânimo, de desalento, enfim, de medo ante a vida.
Se não forem atalhadas a tempo, as idéias opressivas desorganizam os centros nervosos, gerando consequências imprevisíveis.
Idéias aviltantes são compostas de pensamentos inferiores que conduzem o indivíduo à prática de vícios.
É imprescindível lutarmos contra as idéias fixas, as opressivas e as aviltantes que nos encarceram a mente.
Para isso devemos praticar a higiene mental que consiste em livrarmos nosso cérebro de todos os pensamentos impuros e malignos que nele se quiserem acolher ou formar.

(RIGONATTI, E. O Espiritismo Aplicado. São Paulo: Pensamento, 11ª ed., 1997, p. 61)