4º Ano – Aula 19 – Amparo Espiritual

CURSO DE DOUTRINA ESPÍRITA

Objetivo: Levar o grupo a entender e esperar que apesar de nossos erros, todos somos amparados pela espiritualidade.

Bibliografia:

(*) F.C.Xavier/André Luiz, “Entre a Terra e o Céu”, cap. 34

(*) F.C.Xavier/André Luiz, “Missionários da Luz”, cap. 7

(*) F.C.Xavier/Emmanuel, “Seara dos Médiuns”, lição 34

(*) F.C.Xavier/André Luiz, “Nos Domínios da Mediunidade”, cap. 7

Entre a Terra e o Céu, c. 34

-Odila clama auxílio a Zulmira, enferma, Amaro, esposo, e Júlio, enteado recém-desencarnado. Zulmira, deprimida, carrega culpa pela morte acidental de Júlio.

Clarêncio, instrutor de André Luiz, aplica-lhe passes.

-Mário Silva, enfermeiro, também alimenta remorsos pelo desencarne de Júlio.

Duas freiras,  entidades de uma ordem  católica, iam até a casa de Mário orar por ele. Clarêncio, em apoio, aplicou passes em Mário, tranquilizando-o.

Missionários da Luz, c. 7

-Justina pede a Alexandre auxilio ao filho Antonio, adoentado e vítima dos próprios maus pensamentos.

Alexandre aconselhou Antonio, que, mesmo inconsciente, recebe seus conselhos. Em seguida, Alexandre ministrou tratamento de passes em áreas específicas da espinha dorsal, fígado e do córtex motor. O instrutor convocou o grupo do Irmão Francisco, uma equipe espiritual de auxílio. Recorreu-se também aos fluidos de Afonso, doados durante seu desdobramento no sono físico. Ocorreu, assim, reajustamento celular em Antonio.

Nos Domínios da Mediunidade, c. 7

Clementino auxilia o dirigente Raul Silva.

Frente aos Bons Espíritos, constituem méritos aspectos como moralidade, sentimento, educação e caráter.

O auxílio se estende a todos os trabalhadores, desde o dirigente e médiuns até os obreiros de sustentação.

Benfeitores desencarnados

Reunião pública de 12/12/60

Questão nº 267 – Parágrafo 17º

Perceberás, sem dificuldade, a presença deles.

Onde as vozes habituadas a escarnecer se mostram a ponto de condenar, eles falam a palavra da compaixão e do entendimento.

Onde as cruzes se destacam, massacrando ombros doridos, eles surgem, de Inesperado, por cireneus silenciosos, amparando os que caíram em desagrado e abandono.

Onde os problemas repontam, graves, prenunciando falência, eles semeiam a fé, cunhando valores novos de trabalho e esperança.

Onde as chagas se aprofundam, dilacerando corpo e alma, eles se convertem no remédio que sustenta a força e restaura a vida.

Onde o enxurro da ignorância cria a erosão do sofrimento, no solo do espírito, eles plantam a semente renovadora da elevação, regenerando o destino.

Onde os homens desistem de auxiliar, eles encontram vias diferentes de ação para a vitória do Amor Infinito.

Anseias pela convivência dos benfeitores desencarnados, com residência nos Planos Superiores, e tê-los-ás contigo, se quiseres.

Guarda, porém, a convicção de que todos eles são agentes do bem para todos e com todos, buscando agir através de todos em favor de todos.

Disse Jesus: “Quem me segue não anda em trevas.”

Se acompanhas os Bons Espíritos que, em tudo e por tudo, se revelam companheiros fiéis do Cristo, deixarás para sempre as sombras da retaguarda e avançarás para Deus, sob a glória da luz.

Essas outras mediunidades

Reunião pública de 29/4/60

Questão nº 185

Na expansão dos recursos medianímicos que te enriquecem a experiência, sob as diretrizes dos benfeitores desencarnados, não te despreocupes das faculdades edificantes, suscetíveis de te vincularem à elevação e à melhoria dos companheiros na Terra.

Pronuncias a palavra preciosa que os emissários da cultura e da inteligência te levam à boca, impressionando auditórios atentos.

Mas não negues o verbo da tolerância aos que te reclamam indulgência e carinho dentro de casa.

Doutrinas eficientemente os Espíritos transviados nas sombras da viciação e do crime, transmitindo conselhos e avisos da Esfera Superior.

Não recuses, porém, a conversação amorosa e paciente aos familiares ainda confinados à ignorância e à perturbação.

Escreves a frase escorreita, para entendimento do público, sob a influência de instrutores domiciliados no Plano Maior.

Grava, entretanto, no próprio caminho, a sinalização do bom exemplo, induzindo os semelhantes a que nobilitem a própria existência.

Contemplas quadros prodigiosos, através da clarividência, caindo em êxtase ante as alegrias sublimes que observas, por antecipação, na Glória Espiritual.

Não olvides, contudo, fitar as chagas dos que padecem, estendendo até eles migalha do teu conforto, por mensagem de auxilio.

Escutas vozes comovedoras do Grande Além, delas fazendo narrativas surpreendentes para os que te admiram as incursões no país do inabitual.

Busca, no entanto, ouvir as aflições dos irmãos sofredores, aprendendo a ser útil.

Estendes mãos fraternas, no passe balsamizante, em favor dos que te procuram, sedentos de alívio.

Não furtes, porém, os braços prestimosos ao trabalho de cooperação espontânea junto daqueles que o Senhor te confiou na intimidade doméstica.

Atende às faculdades múltiplas pelas quais se evidencie a bondade dos mensageiros divinos, mas não desdenhes essas outras mediunidades, tanta vez esquecidas, da renúncia e da paciência, da humildade e do serviço, da prudência e da lealdade, do devotamento e da correção, em que possas mostrar os teus préstimos diante daqueles que te partilham a luta, porque somente assim serás suporte firme da luz e chama da própria luz.

No diálogo de orientação

“Não se deve esquecer de que se trata de entidade sofredora, necessitada de amparo e orientação. Não é a força que age contra o Espírito, nem a elevação da voz, mas a intenção de ajudá-lo, o desejo sincero de fazê-lo melhorar e tornar-se nosso companheiro, porque essa disposição nos dá a autoridade moral sobre os espíritos inferiores. É importante que não falte em nossa mesa espírita o pão da prece e a luz do amor. Basta quase sempre uma só palavra de amor sincero para acalmar o espírito mais violento. O amor brota da compreensão humana, da nossa capacidade de nos colocarmos em pensamento no lugar e na situação da criatura que se encheu de ódio e violência em existências brutais em que o amor não floriu em seu coração.

Uma sessão espírita é um ato de amor. Não é uma cerimônia destinada à finalidade egoísta de nos livrar de espíritos-parasitas, por nós mesmos atraídos e alimentados, mas o objetivo de levar ajuda espiritual aos que padecem. O Espiritismo nos ensina, como ensinou Jesus, que somos todos irmãos e companheiros, criados por Deus para o mesmo destino de transcendência, de elevação espiritual.

Esse é o pensamento central da compreensão espírita e precisamos dar-lhe eficácia, traduzi-lo em ação.”

(J.Herculano Pires, “Mediunidade”)

Bibliografia: Francisco Cândido Xavier, médium, Emmanuel, Espírito, “Seara dos Médiuns”, c.30 e 90.

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