Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira

MENSAGEM AO LEITOR

Salmo 70:

16 Apresentarei os feitos do Senhor Deus, evocarei tua justiça, que é somente tua.

17 Ó Deus, tu me instruíste desde a juventude, e até hoje proclamei teus prodígios.

18 Agora, na velhice e de cabelos brancos, não me abandones, ó Deus, até eu anunciar aos 

descendentes os feitos de teu braço, e às gerações vindouras teu poder!

19 Tua justiça, ó Deus, eleva-se até aos céus. Realizaste coisas grandiosas: quem como tu, 

ó Deus?

20 Tu, que me fizeste experimentar perigos múltiplos e graves, de novo me farás viver; das 

profundezas da terra me levantarás outra vez.

21 Aumentarás minha dignidade e de novo me confortarás.

22 Por isso, ao som da harpa, te darei graças, meu Deus, por tua fidelidade; cantarei para 

ti ao som da cítara, ó Santo de Israel.

23 Ao cantar em tua honra exultarão de alegria meus lábios e minha alma, que resgataste;

24 todos os dias, minha língua proclamará tua justiça, porque se cobriram de vexame e 

ignomínia os que procuravam minha desgraça.

 

Querido irmão leitor, a quem muito devemos pelas preces de amor e respeito a nós  endereçadas, muitas delas desde as primeiras mensagens dirigidas a nossa família carnal.

Há muito queríamos escrever esta cartinha a quem vem todo esse longo tempo nos acompanhando, livro por livro, e vibrando com as nossas conquistas. Chegou o dia de abrir  o nosso coração, ultimamente chagado de tristeza e vergonha, pois mesmo já desencarnado  não estamos distante de disse-me-disse e de mentiras, muitas delas muito graves, pois  tentam interromper nossa tarefa, que não é tão grande quanto a de outros importantes e  respeitados Espíritos que trabalham nas fileiras Espiritistas. Porém, mesmo não sendo um  astro de esplendor divino, somos uma estrelinha escolhida por Jesus para brilhar, nem que  seja com mínima luz, junto àquele que necessita.

Você, leitor amigo, deve estar perguntando: onde o Luiz Sérgio quer chegar? E tem razão. 

Hoje chegou a hora de responder às milhares de cartas que indagam: você está escrevendo com outros médiuns, Luiz Sérgio?

Antes, vamos recordar o livro O mundo que eu encontrei, psicografado por nossa prima  Alayde. Depois, junto com a Lúcia, a Alayde psicografou Intercâmbio. Como a Alayde já  havia completado sua tarefa como médium, a doença a levou a parar. Nesse tempo, porém,  fomos chamados a iniciar um trabalho sério e perigoso, no qual teríamos grandes  adversários das trevas, os quais tudo fariam para não nos deixar ir até o fim. Fomos  informados também de que, dado o nosso linguajar de jovem e as narrações bem fortes,  ”doutores da lei” não aceitariam nossos livros, ou melhor, nosso novo modo de narrar os  fatos. Assim, nós, Luiz Sérgio, e a médium Irene Pacheco Machado fomos convidados para  a árdua tarefa de trabalhar junto a traficantes e drogados e ficamos um pouco assustados. 

Nós, Luiz Sérgio, pensamos em correr, desistindo, alegando imaturidade.

Para quem não conhece Irene, ela é uma médium que iniciou sua mediunidade sem correr  atrás de grupos mediúnicos, porque os Espíritos foram até seu lar e a prepararam, assim  como a toda a sua família, não para se tornar mais uma médium, isso não. Irene recebeu,  através de suas mãos, as instruções doutrinárias, os livros para estudar, e estes livros foram  todos aqueles que devem ser leitura obrigatória para quem quer adentrar a Doutrina  Espírita. Quando chegamos até Irene, ela passava noites e noites estudando as obras básicas e aproveitamos para fazer o mesmo, junto a  Espíritos nos quais ela colocou pseudônimo, pois eram por demais respeitados na Doutrina,  porque não queria que ninguém julgasse que desejava só aparecer, por pensar que assim  procede quem não tem respeito nem conhece a beleza dos ensinos doutrinários.

Demoramos, preparando-nos para o novo trabalho. Em desdobramento, Irene acompanhava os Raiozinhos de Sol em ajuda aos dependentes químicos. Foi um início difícil, pois ela era dona de casa, desconhecendo totalmente o terrível mundo da droga. Mesmo vivendo nesses  dois mundos, ela nada contava, nem ao seu marido. Era algo muito importante para todos  nós, que iniciamos um trabalho único na seara espírita.

Muito depois de ficarmos amigos é que ”mudamos” para o lar dos Machados, onde estava  iniciando-se um grupo espírita. Irene estudava Deus na Natureza, de Flammarion, e os  livros de Paul Gibier e de outros Espíritos e, com Lázaro, O Livro dos Espíritos, letra por  letra. E a frequência à casa de Irene aumentava, pois muitos a buscavam para receber  consolo. Foi quando Lázaro a mandou buscar um Centro Espírita respeitável, onde sua  mediunidade seria melhor analisada. E ela se foi, iniciando pelo ”jardim-de-infância”, em  nenhum momento deixando que percebessem que tinha grandes amigos, Espíritos de  grande conhecimento doutrinário a ajudá-la a conhecer melhor a Doutrina Espírita. 

Enquanto isso, iniciamos o livro Na Esperança de uma Nova Vida, que também Irene a ninguém contou que era de Luiz Sérgio, chegando mesmo a nos pedir para colocar  pseudônimo, o que irmã Celina, Espírito responsável pela psicografia, não autorizou. Irene  não queria escrever com Espírito já conhecido na Doutrina, e nós já tínhamos escrito três  volumes com os quais você, leitor, vibrou.

Irene relutava em mostrar o livro Na Esperança de uma Nova Vida. Um dia, depois de  muito tempo, ela o entregou a nossa mãe que, mesmo sem muita experiência para ”traduzir” a psicografia mecânica da médium, o fez por amor. Não tivemos dinheiro para  editá-lo, apesar de já termos três livros na praça, que não deram lucro, pois paga-se a  editora e o revendedor recebe cinquenta por cento do valor do livro. Para publicar nosso  livro, minha mãe teve de fazer um bazar. Todo o grupo da Casa Espírita Recanto de Maria,  o Rema, nessa época já registrado como Centro Espírita, teve de ajudar para arrecadar  dinheiro para a publicação. Assim, saiu o primeiro tiro contra as drogas que explodiu no  meio espírita. As críticas foram terríveis, pois falávamos de sexo, de drogas e usando gírias. 

Como o Vaticano, que ficou sempre longe do que estava se passando na sociedade,  ignorando a mudança que nela ocorria, os pseudo-espíritas também diziam que nossos  alertas eram fantasiosos. Confessamos que nos sentimos acuado e muito triste, mas Irene  dizia: ”Luiz Sérgio, temos uma tarefa e não podemos decepcionar os Espíritos que em nós  confiaram. Não me importo em não receber os aplausos dos encarnados, porém, quero ter a  consciência em paz de que jamais deixei um trabalho para trás por covardia. Não desejo ser  conhecida nem elogiada no meio espírita, isso nunca, sou apenas uma cooperadora de sua  obra. Seguro somente um lápis e fique sabendo, Luiz Sérgio, que jamais usarei seu nome  para ser bajulada. Sempre serei Irene e meu ideal é levantar a Casa de Maria junto a todos  os pedaços da alma de minha mentora, Francisca Theresa. Jamais sairei pelo Brasil ou irei a  um Centro Espírita fazendo propaganda de seus livros. Você, minha criança, nunca vai  precisar disso. Quem ama você, ama-o como você é, e quem não gosta do seu jeito jocoso de escrever não vai ler os seus livros apenas porque alguém fez propaganda deles. Ninguém é obrigado a comprar livro nenhum. Faça o seu trabalho, ou melhor, façamos o nosso  trabalho. As pedras, vamos transformá-las em alerta para melhorar cada vez mais, para  estudar cada vez mais, pois Doutrina Espírita é um curso eterno. Ninguém tem diploma de doutor em Espiritismo, nem ele, que o codificou com tanta sabedoria, Allan Kardec.”

Assim, ao lado da minha grande amiga, fomos nadando contra a correnteza e quanta dificuldade enfrentamos! Depois, outros livros foram editados, por mercê de nossos  queridos amigos do Rema, outros gratuitamente, por bondade de algumas autoridades.

A partir do livro Ninguém está Sozinho, Lázaro achou por bem a irmã Celina assumir a  orientação da psicografia da médium e criou uma equipe de revisão, composta de Espíritos e encarnados. Luiza Helena, uma irmã que acompanhou Irene desde o começo, foi escolhida para ”traduzir” sua psicografia mecânica, pois é tarefa muito difícil devido à velocidade da escrita, e este trabalho vem sendo realizado até hoje pela irmã. O grupo encarnado da psicografia chega a julgar que ela fez um ”cursinho” na espiritualidade, tal a facilidade com que realiza esta tarefa.

Entretanto, muitos fatos ocorreram. Por inexperiência, registraram a livraria ou editora  separadamente da Casa Espírita e isso causou à Casa de Maria vários contratempos, pois até hoje a Casa luta para se livrar desse grande erro cometido pelos encarregados na época dos livros. Depois, veio a quase falência da editora, pois quando o Dirceu, marido da Irene, foi ver quanto devia, era uma quantia enorme e o dinheiro que ele colocava do seu bolso não dava para salvar os livros. Ele vendeu dois terrenos da família para saldar os compromissos com nossos livros. Antes, porém, de Alayde e Lúcia passarem para o Rema os direitos autorais dos primeiros livros, minha mãe os ofereceu para um revendedor de  Brasília, para que ele editasse as nossas obras, e ele as recusou. Porém, Dirceu, Irene e todo o grupo do Rema tudo fizeram para não parar a nossa obra, não por vaidade, pois a médium compra e sempre comprou os livros que escreve. O único benefício que a médium Irene Pacheco Machado recebe é a ingratidão e as críticas desumanas, mas graças a Deus ela nem as percebe, pois vive em outro mundo, o mundo dos que não desejam aparecer.

Muitos hoje dizem que foram os nossos livros que levantaram o Rema. Sim, eles ajudaram,  mas quem fala isso não conhece a real verdade, por não ter participado da luta dos remistas, catando latinhas de alumínio para vender, fazendo almoços para muitas e muitas pessoas e o bazar considerado o mais bonito do Brasil. A Casa de Maria tornou-se uma escola de arte, na qual os seus trabalhadores não têm idade, pois tornaram-se grande artistas, até as crianças.

Por que estamos contando para você, leitor, nossa história? Porque chegamos a pensar em largar tudo, porém, quando nós e a médium fomos até o Departamento da Psicografia aqui do mundo espiritual, foram projetados filmes mostrando o bem que nossos livros haviam  feito a muitos e muitos jovens. Agora, nesta nossa conversa, queremos informar a você,  leitor amigo, que este Luiz Sérgio hoje não tem mais sobrenome, porque o tempo rasgou  nossa carteira de identidade. O sobrenome que carregamos, temo-lo no coração: a imagem plasmada de amor aos nossos pais, irmão e familiares. Sendo assim, torna-se difícil provar que só escrevemos pelas mãos da médium Irene Pacheco Machado. Acredite quem desejar  acreditar. Não temos como prová-lo; infelizmente, para os Espíritos o DNA não funciona,  mas hoje digo basta aos médiuns e editoras que usam o meu nome apenas para vender livro e se tornar conhecidos. No dia em que fomos chamados para trabalhar com os Raiozinhos  de Sol prometemos lealdade e se ficamos indo de ninho em ninho, colocando um ovo aqui, outro acolá, não completamos nossa obra, que não é pequena. Portanto, está na sua avaliação, leitor amigo, constatar se os livros escritos por outros médiuns são nossos ou não, mas eu. Luiz Sérgio, declaro categoricamente que não o são, pois nossa tarefa, na  psicografia, é exclusivamente com Irene. Nós afirmamos que um dia encontramos uma árvore chamada Recanto de Maria e nela abrigamos nosso Espírito, porque nessa árvore aprendemos o que é o amor, a humildade, a caridade e o valor do estudo. O que não está certo é o fato de muitas livrarias, ditas espíritas, estarem vendendo esses livros que não são nossos, e com títulos completamente antidoutrinários, pois em momento algum desejei glorificar um suposto ”novo” Deus nem jamais tive a pretensão, a suprema arrogância e prepotência de querer ”caminhar com a verdade”, porquanto a Introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo esclarece: ”(…)ninguém, neste mundo, poderia alimentar fundadamente a pretensão de possuir, com exclusividade, a verdade absoluta.”

Tenha certeza, leitor amigo, de que, após as portas da Universidade Maria de Nazaré terem-se aberto para nós, jamais retrogradaríamos, escrevendo livros de ”contos mediúnicos”, com historietas superficiais, repletas de clichês, nas quais os personagens das nossas outras obras são citados apenas para tentar dar autenticidade à fraude, sem o menor critério, não sabendo o quanto eles são respeitados na espiritualidade. Não, esses tais livros de ”contos mediúnicos” nunca foram escritos por nós, assim como também jamais usaríamos em texto de nossa autoria a palavra ”nosocômio” para designar hospital, e outras tantas.

Quando indagados por que não escrevemos mais com Irene, dizem que ela está decrépita ou com doença incurável. Que Espiritismo é esse? perguntamos. Será que Allan Kardec previu o que fariam com o Consolador prometido por Jesus; que, infelizmente, O Livro dos Médiuns seria muito pouco estudado nas Casas Espíritas? 

Achamos que não, porque o que hoje sofrem os Espíritos nas mãos de médiuns sem preparo doutrinário é muito prejudicial à Doutrina Espírita. E ainda existem aqueles que julgam que a bela Casa de Maria foi construída somente com a renda dos nossos livros!… Precisam conhecer o trabalho das pessoas idosas e das crianças, adolescentes e jovens varando as noites para realizar o Bazar Rayto de Sol, a luta de uma família que de tudo abdicou para levantar no Planalto Central um instituto de cultura espírita, porque é uma Casa onde se estuda o Espiritismo e onde mais se faz caridade, não com o dinheiro do público, pois nem mensalidade ali é cobrada. Entretanto, essas senhoras, senhores, jovens e crianças vão até os pobres, conhecer as necessidades dos carentes.

Sentimos vergonha quando somos apresentado como construtor da grande obra de Francisca Theresa, é um grande equívoco de quem assim pensa. Por que, então, em outra  época, ninguém queria editar os nossos livros? Muito fácil: porque teriam de tirar dinheiro do próprio bolso, pois livro não enriquece ninguém, principalmente livro espírita.

Imploro a você, leitor, que faça o DNA da nossa obra, escrita junto a uma equipe de trabalhadores sérios. Se não fossem sérios, a editora colocaria na praça dois ou três livros por ano. Não o faz porque o controle dos Espíritos da Casa de Maria é implacável. Temos  vários livros já psicografados e guardados e este Eu Te busco quase não chega até suas  mãos, pois às vezes temos vontade de sumir, de ter morrido realmente, porque o que estão  fazendo com o nosso nome é crueldade demais, ainda mais quando essa crueldade atinge a quem muito devemos e respeitamos.

Analise, leitor, o que chega às suas mãos. Faça a sua análise. Será que Emmanuel, André Luiz, enfim, toda a equipe que trabalha com o Chico1 não tem serviço demais junto ao amado médium, precisando sair por aí, atrás de outros, apenas para vender livros? Claro que não. Onde estão os médiuns que diziam receber Emmanuel, André Luiz e outros memoráveis nomes? Será que Joanna de Ângelis não tem uma enorme tarefa junto ao Divaldo? Por que ela sairia pelo Brasil afora em busca de novos médiuns? Se isto está acontecendo é por falta de estudo da Doutrina Espírita e não adianta matar a Irene, denegrir a sua imagem, porque quem assim procede não tem Jesus no coração e a Doutrina Espírita é apenas um divertimento em sua vida, e não um ideal pelo qual se luta sem desejar derrubar nem ferir alguém.

Nada desejamos, leitor amado, somos contra a idolatria porque estudamos a Bíblia e somos eternos estudiosos da Doutrina Espírita. Queremos ter amigos e levar até o fim a nossa tarefa. Quem não pode nos ajudar, por favor, não nos atrapalhe, pois vários médiuns estão dizendo nos receber e aqui afirmamos que temos uma obra com a Irene e com vários Espíritos. Nós não pedimos para realizá-la, ela nos foi concedida por Deus e em nome d’Ele rogamos que ore por nós, mas não se esqueça de orar pela Doutrina Espírita, que hoje atravessa momentos difíceis. Todos desejam se tornar médiuns conhecidos ou construir uma Casa Espírita, porém, sem estudar esta Doutrina que veio para mudar o homem, para torná-lo verdadeiramente humilde e praticante da caridade, esta Doutrina que tem poucos seguidores, porque cobra de cada um renúncia, renúncia e trabalho em prol do próximo.

Você, leitor, deve estar indagando: ”por que, Luiz Sérgio, seus livros demoram tanto a ser editados?” Isso ocorre porque nossos livros não são coisas que se vendem em super-mercado nem revistas semanais, são frutos da grande árvore da Doutrina, que têm o tempo certo de ser colhidos. Não pensamos nos lucros, porque quem pensa que livro dá dinheiro não devia nem pensar em editar livros espíritas. A única coisa que esperamos dos nossos livros é que eles sejam o copo de água que você, leitor amigo, está necessitando para regar sua alma, às vezes deprimida, sofrendo com alguma dependência, e torná-la um jardim de sonhos e esperanças.

Hoje retornamos, tentando trazer ao plano físico notícias do mundo em que vivemos e neste momento recordamos Humberto de Campos, naquele dia 23 de agosto de 1944, com a sentença do Juiz João Frederico Mourão Russel, juiz de Direito em exercício na 8a Vara Cível do antigo Distrito Federal: ”Os direitos da pessoa acabam após a morte”, dando ao Chico Xavier o direito sobre os livros psicografados.

Humberto parou somente um ano, depois voltou, mas seu novo livro trazia o pseudônimo ”Irmão X”. Este pseudônimo, porém, fez tanto mal a ele que resolveu parar. Os encarnados  haviam atrapalhado a tarefa do nosso querido Humberto de Campos, chamado carinhosamente pela médium de Kaká. Nós pensamos o mesmo, tantos aborrecimentos nossos livros têm trazido à médium e ao grupo Recanto, mas quando pensamos em colocar pseudônimo, os amigos maiores, nossos instrutores, nos advertiram de que estaríamos fugindo da responsabilidade assumida com o Alto: a de escrever de maneira simples para todos os nossos irmãos, não importando o credo que professam.

Gostaria de dizer aos médiuns iniciantes que cada Espírito, ao receber uma tarefa, é apresentado ao médium que irá ajudá-lo, formando com ele uma equipe de trabalho. O  Espírito não tem tempo de ficar escrevendo aqui e ali. Os encarnados precisam compreender que os Espíritos também têm de obedecer a uma disciplina rígida e a  obediência é a máquina que vai abrindo o caminho da evolução. Muitas vezes, com a vontade de colocar o nome de um Espírito conhecido nas mensagens que julgam dele  receber, os médiuns estão indo contra os planos de Deus.

Atravessamos ainda uma turbulência, mas recordamos o Cristo acalmando as ondas do mar e, n’Ele crendo, acreditamos que o Mestre nos fortalecerá para vencermos mais essa tempestade, para isso contamos com as suas preces, leitor amigo. Quando alguém lhe disser que o Luiz Sérgio está aí, cuidado, muito cuidado, a Doutrina Espírita não é dos encarnados, sim dos Espíritos, por isso eles precisam ser respeitados.

Quando iniciamos o trabalho sobre drogas, muitos se chocaram: como pode um Espírito usar gíria e falar sobre sexo e drogas? Muitos jovens gostaram, porque finalmente um Espírito falava a sua linguagem e hoje nosso coração transborda de felicidade, pois sabemos que nossos humildes livros, sem palavreado difícil, vêm tirando vários jovens do vício. Eles estão aí, passando de mão em mão. Tenha a certeza de que qualquer um dos  livros que escrevi com Alayde, Lúcia ou Irene que chegar à sua mão estará repleto de amor  e sonhos de um Espírito que busca Deus desesperadamente.

As águas do rio passam, mesmo o homem não as respeitando. Assim seremos nós. Iremos  caminhando na longa estrada da evolução, na certeza de que o seu ombro, leitor amigo,  sempre estará amparando este Espírito que só deseja a felicidade e o sorriso de cada  encarnado.

Este livro pode parecer igual aos outros. O Espírito não muda de um dia para outro e nós sempre seremos o Luiz Sérgio, sem palavras complicadas, pois amamos as coisas simples. 

Espero que você goste desta viagem que iniciamos no livro O Mundo que eu Encontrei

Queira Deus cheguemos ao ponto proposto pela Espiritualidade Maior e que as trevas não encontrem em nenhum encarnado força para dificultar a nossa caminhada.

Obrigado, leitor, pelas cartas, pelas preces, pelo respeito a este eterno camarada, amigo de todos os irmãos em Cristo. Eu Te busco, Deus, na minha caminhada, como Espírito espírita.

Por fim, leitor, gostaríamos que meditasse na seguinte passagem de O Livro dos MédiunsCapítulo XXXI, item XXV:

Com que fim, as mais das vezes, pedis comunicações aos Espíritos? Para terdes belos trechos de prosa, que mostrareis às pessoas das vossas relações como amostras do nosso talento? Preciosamente as conservais nas vossas pastas, porém, nos vossos corações não há lugar para elas. Julgais porventura que muito nos lisonjeia o comparecermos às vossas assembléias, como a um concurso, para fazermos torneios de eloquência, a fim de que possais dizer que a sessão foi muito interessante? Que vos resta, depois de haverdes achado admirável uma comunicação? Supondes que vimos em busca dos vossos aplausos? 

Desenganai-vos. Não nos agrada divertir-vos mais de um modo que doutro. Ainda aí o que há, em vós, é curiosidade, que debalde procurais dissimular.

O nosso objetivo é tornar-vos melhores. Ora, quando verificamos que as nossas palavras nenhum fruto produzem, que, da vossa pane, tudo se resume numa estéril aprovação, vamos em busca de almas mais dóceis. Cedemos então o lugar aos Espíritos que só fazem questão de falar e esses não faltam. Causa-vos espanto que deixemos tomem eles os nossos nomes. Que vos importa, uma vez que, para vós, não há nisso nem mais, nem menos? 

Ficai, porém, sabendo que não o permitimos em se tratando daqueles por quem realmente nos interessamos, isto é, daqueles com quem o nosso tempo não é perdido. Esses são os que preferimos e cuidadosamente os preservamos da mentira. Se, portanto, sois tão frequentemente enganados, queixai-vos tão-só de vós mesmos. Para nós, o homem sério não é aquele que se abstém de rir, mas aquele cujo coração as nossas palavras tocam, que  as medita e tira delas proveito. (Massillon).

Um abraço do

Luiz Sérgio

(Do livro “Eu te busco”, psicografia de Irene Pacheco Machado, pelo espírito Luiz Sérgio. Brasília, DF: Recanto, 2001).