O Preparo Espiritual da Sala

CURSO DE DOUTRINA ESPÍRITA

 

O Preparo Espiritual da Sala

Objetivo:

Levar os alunos a compreenderem sua responsabilidade em relação ao ambiente em que se dará a reunião, o papel do evangelho como auxiliar no fortalecimento moral do médium e perceber a necessidade de vivenciar as normas da conduta nele contida.

Bibliografia:

Allan Kardec, “O Livro dos Médiuns”,  2ª parte – cap. XXIX – item 341; (*) Suely Caldas Schubert, “Transtornos Mentais”,  cap. 2 (Estrutura Espiritual da Reunião); (*) F. C. Xavier, André Luiz,  “Desobsessão”, cap. 4 (Preparo para a Reunião) e cap. 27 (Livros para Leitura).

Introdução

A partir do estudo da última aula, reflita sobre os seguintes pontos:

1-O que é espiritualismo?
2-O que é mediunismo?
3-Como você pode conceituar o homem de bem?
4-Que reflexão fez o filósofo Platão sobre a origem da vida terrena?
5-Qual a importância da concentração no desenvolvimento medianímico?
6-À luz do que vimos sobre a orientação mediúnica, podemos acreditar em todos os espíritos?

1-A Casa Espírita

Segundo Herculano Pires, o Centro ou Casa Espírita não é um templo nem um laboratório, mas um ponto de convergência da Doutrina Espírita.

2-A sala de trabalho mediúnico

A sala é o local da reunião mediúnica. É preparada por trabalhadores encarnados (as equipes do Centro) e desencarnados, como os protetores da instituição, os benfeitores associados às tarefas, aos grupos de tarefeiros ou às pessoas atendidas.

3-Atividades na sala mediúnica

-Coleta, manipulação e direcionamento de energias;

-Cirurgias perispirituais;

-Anulação de fixações mentais;

-Terapia sobre registros mentais atuais ou pretéritos.

4-Recursos da espiritualidade

 

-Painéis ou quadros fluídicos;

-Instrumentos de apoio da equipe espiritual;

-Aparatos que lembram instalações hospitalares terrenas, etc.

5-Interferências

-Maus pensamentos e má vontade dos participantes, encarnados ou não;

-Vibrações deprimentes;

-Ideoplastias;

-Sentimentos como raiva, revolta, orgulho etc.

FAIXAS MAGNÉTICAS PROTETORAS

As faixas magnéticas servem para proteger os trabalhos e manter a pureza fluídica necessária ao tratamento dos Espíritos atendidos nas reuniões mediúnicas.

Primeira Faixa: proteção à mesa, ao grupo de trabalho, à assistência e aos Espíritos em tratamento naquela tarefa.

Segunda Faixa: envolve as pessoas e os desencarnados não atuantes na reunião, fora do recinto, mas ainda dentro da Casa Espírita.

Terceira Faixa: circunda toda a Casa Espírita, a parte exterior do edifício, contando com apoio da vigilância de sentinelas da espiritualidade, isolando magneticamente toda a instituição de uma multidão de Espíritos, muitas vezes hostis.

Entre uma e outra faixas, há rede energética de proteção, para amparo e controle de algum Espírito mais rebelde ou teimoso. (F.C.Xavier, Médium, Efigênio S. Vitor, Espírito,“Mensagens Psicofônicas”, Um irmão de regresso)

Corrente e Semi-corrente

Quando os médiuns estão sentados à mesa e firmemente concentrados, emitem um forte fluxo de fluidos que se ligam e formam uma espécie de nuvem mais ou menos luminosa e altamente magnetizada: é a corrente magnética. Ela é fortificada pelos espíritos que velam pela sessão e constitui uma poderosa fonte de fluidos curadores.

Se, durante a sessão, um médium rogar ao Pai por uma pessoa que esteja enferma ou em aflição, os espíritos curadores podem fazer chegar até essa pessoa a força magnética capaz de curá-la ou aliviá-la. É o que se chama um passe a distância. Da mesma maneira, se os assistentes da sessão orarem com fé atrairão para si os benefícios que a corrente magnética lhes pode proporcionar.

semi-corrente é formada na primeira fileira, logo atrás dos médiuns, e é composta dos médiuns que não tiveram lugar na mesa e pelos doentes que necessitam serem banhados pelos eflúvios magnéticos que se irradiam diretamente da corrente. (Eliseu Rigonatti, “A Mediunidade Sem Lágrimas”, Ed.Pensamento, 2000, p.75)

A Mesa nas Sessões Espíritas

Kardec explicou o problema da mesa nas sessões espíritas com a sua habitual naturalidade: é o móvel mais cômodo para sentarmos ao seu redor. Afastava assim qualquer resquício de misticismo e magia, de rito e sacramento no ato mediúnico. Não obstante, há quem considere esse ato puramente místico e mágico, lembrando a evocação e a prece.

Não nos sentamos em torno da mesa apenas para conversar ou escrever, mas também para nos alimentarmos. A alimentação que tomamos na mesa espírita não é material, mas espiritual. A evocação não é um rito, mas um convite. Antes de sentar à mesa os convites já foram feitos, pois basta pensarmos num espírito para o evocarmos. Ele atende ou não ao nosso convite, pois é livre e não está submetido a nenhum poder humano. Mas o pão que pomos sobre a mesa é o pão espiritual da prece, que será partido e servido na hora da doutrinação.

É precisamente o que se passa na mesa simples, sem aparatos, de uma verdadeira sessão mediúnica. A cor da toalha pouco importa. A cor branca não interessa mais ao ato mediúnico do que a vermelha ou a preta. A pureza exigida é apenas a das intenções. Os convivas estão ao redor e não são conhecidos. Surgem da estrada, na penumbra do crepúsculo, como estranhos. Mas no momento de partir o pão eles se revelam. Feita a prece simples de abertura dos trabalhos podemos ver, pela maneira deles partirem o pão, quem são eles. Iniciamos então a conversação necessária e logo depois eles desaparecem como apareceram, retornando ao invisível, no seio da noite.

(J.Herculano Pires, “Mediunidade”, pp. 49-50)